Não se espante, caro leitor, se as forças que controlam o Palácio da Redenção trouxerem à tona até dezembro a proposta de instalação do Tribunal de Contas dos Municípios. Alguns deputados ligados ao governador José Maranhão (PMDB) já foram informados para se armarem em favor da discussão, que gerou polêmica desde o governo Cássio.
O TCM é uma proposta de tirar do Tribunal de Contas do Estado a responsabilidade de apreciar as contas das gestões municipais. É um esvaziamento significativo do TCE, que sempre se posicionou contra a tese desde o governo anterior.
Mas agora ela pode voltar à debate. Nos gabinetes do Palácio e nas salas da Granja, o tema já foi ressuscitado. Uma forma de prestigiar alguns oposicionistas que ficaram órfãos com o fim do governo Maranhão III, uma vez que o TCM seria composto por sete conselheiros, de cargos vitalícios e salários invejáveis.
E, por outro lado, uma forma de pressionar o TCE a apreciar com “carinho” as contas do atual governo.
A fim de que Ricardo Coutinho, ao assumir o governo, não tenha do TCE pareceres ou certidões que confirmem quaisquer comprometimentos com as contas do governo Maranhão III.
Está dada a cartada. O resto é com os jogadores.
Luís Tôrres
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