O governador José Maranhão (PMDB) queria ser engenheiro aeronáutico. Disse isso no pronunciamento que deu não Palácio da Redenção ao falar sobre o resultado das eleições na Paraíba.
Em vez da engenharia, optou pela política. Nela, o pretenso engenheiro de aviões fez carreira e voou alto. Quase aos 80 anos e derrotado numa eleição para governador, percebe que é hora de aterrissar.
Ou não. Com a frase “minha história não termina aqui”, Maranhão deixou transparecer a pretensão de ainda manter-se no ar, planando entre as disputas políticas locais. Não afirmou nem descartou a possibilidade, por exemplo, de disputar a prefeitura de João Pessoa nas eleições de 2012.
Estaria ele vaticinando reais novas disputas ou apenas criando uma vacina contra a “morte súbita” a partir do dia 1º de janeiro de 2011, quando não será nada mais do que um ex-quase-tudo?
A meu ver, vale a segunda opção. Que, claro, se pegasse no futuro seria transformada em realidade. Mas que, por enquanto, não passa de uma estratégia de sobrevivência. Para Maranhão e para os aliados mais próximos.
Maranhão precisa se agarrar em alguma coisa. Caso contrário, permitirá que os dissidentes do PMDB, a exemplo da família Ribeiro de Santa Rita, dos Lucenas de Iraê, bem como de outras lideranças novas do partido, como Veneziano de Campina, aliado aos Paulinos de Guarabira, tomem conta do partido a partir de 2011.
O homem político “morre” não quando perde o mandato, mas quando a perspectiva de poder.
Maranhão, que tem uma trajetória indiscutível na história política paraibana, está muito perto de perder as duas coisas.
Luís Tôrres
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