Diante de tantos absurdos e disparates que estão aparecendo depois da posse do novo governo, só posso achar que o ex-governador Zé Maranhão foi totalmente engolido por um time de espertalhões que se faziam seus amigos, mas eram, na verdade, sanguessugas em cima do boi, chupando até o último caldo.
Todo dia aparece uma novidade, uma denúncia cabeluda. Para onde se olhar, vêem-se irregularidades, imoralidades, escândalos. Tem o dos contra-cheques gordos dos que ganhavam além da conta, tem o caso da Codata que pagava 38 mil por mês pelo aluguel de uma máquina que custa, no mercado, 32 mil, e agora, mais estapafúrdio ainda, um café da manhã de 205 mil reais.
O que foi servido nesse café da manhã tão caro? Será que o coronel chefe tem explicação para tamanha lambança? Nem que se comesse manjar do céu ou quitute de ouro, com direito a bufa de perfume, se alcançaria patamar tão alto.
O pior é que sobrou para o velhinho Maranhão, homem rico, dono de uma bela biografia política, que, infelizmente, foi engolido pelos amigos da onça que fez juntar ao seu redor.
Em certa autarquia, meu Deus, contam-me que fizeram rumoroso empréstimo para beneficiar apaniguados, e que conhecido licurgo embolsou 700 mil reais, dizendo que era a título de honorários por ter defendido o governador. Não digo os nomes porque o denunciante pediu para ficar no anonimato. Mas o assunto é quase público, já que comentários de corredores enchem as salas e mictórios da repartição.
Repito: Zé Maranhão não merecia isso. Terminou sozinho, só com a família ao redor e os seus "amigos" estão correndo por fora, uns indo para os states desfrutar a boa vida, outros se enfurnando em fazendas e granjas, rindo à toa e mangando do véi. A esses, cadeia seria um castigo ameno. Mereciam deportação para o Iraque, onde iriam servir de espoletas para as balas dos talibans.
Tião Lucena
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