Quase
metade das redes estaduais de ensino do Brasil utiliza a indicação
política como um dos métodos para selecionar os diretores de suas
escolas. É a segunda forma de seleção mais utilizada - a primeira é a
eleição. A Paraíba está entre os Estados que utilizam desse recurso.
O
estudo, intitulado Práticas de Seleção e Capacitação de Diretores
Escolares Adotadas por Secretarias Estaduais e Municipais de Educação,
mostra que a maior parte das redes estaduais utiliza a indicação -
chamada de "instâncias locais" - combinada com uma ou mais formas de
escolha do gestor, como eleição ou outra modalidade técnica. É
justamente o caso da Paraíba e também do Pará, do Amazonas, do Espírito
Santo, do Tocantis e do Rio de Janeiro.
A pesquisa foi realizada
pela Fundação Victor Civita e contou com a participação de 24 Estados.
O levantamento detectou que 42% das redes pesquisadas utiliza do
recurso da indicação. Sendo que em quatro Estados este é o único
recurso utilizado: Rondônia, Maranhão, Santa Catarina e Sergipe.
Para
Ângela Dannemann, diretora executiva da Fundação Victor Civita, o uso
da indicação vem diminuindo muito nos últimos anos. "Atualmente, ela é
usada mais em casos de substituição de alguém que não pode assumir, por
exemplo. É um recurso que deve existir para uso emergencial e não como
tendência política", diz. Para ela, o fato de a maior parte dos
Estados usar métodos combinados de seleção é positivo. "O modelo
híbrido envolve mais a escola e os candidatos, selecionando melhor o
gestor."
Segundo a pesquisa, São Paulo é o único Estado a
realizar concurso para selecionar os gestores. "Diretor é cargo
técnico, não político. O concurso dá oportunidade a todos", explica o
secretário-adjunto da Educação, João Cardoso de Palma Filho.
Do Paraiba1 com Estadão
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