Policiais civis, delegados e agentes penitenciários param na sexta
As Polícias civil e
Militar, os agentes penitenciários e os delegados de polícia, decidiram
paralisar as atividades para pressionar o Governo a pagar o reajuste salarial
aprovado em outubro do ano passado pela Assembleia Legislativa, equiparando os
salários aos valores dos salários dos policiais do estado de Sergipe, que corresponde
a um valor semelhante a proposta pela Pec 300 em tramitação no Congresso Nacional.
A decisão foi tomada em assembléia geral conjunta na Praça João Pessoa, em frente
ao Palácio da Redenção. Os policiais militares entram em greve a partir da zero
hora desta terça-feira, enquanto os policiais civis paralisam a zero hora da
sexta-feira.
A assembléia rejeitou uma proposta apresentada pelo
Governador Ricardo Coutinho, durante um encontro ocorrido nesta terça-feira
(28) que durou mais de quatro horas na sede da Cinep, em João Pessoa, quando o
Governo se comprometeu em criar uma comissão para fazer o acompanhamento da
situação financeira do Estado e num prazo máximo de 30 dias, seria apresentada
para a categoria uma proposta, com os percentuais para reajuste dos salários,
data e prazo para implantação no contra-cheque dos policiais.
Os policiais não aceitaram a proposta, mesmo com a redução
de 30 para 15 dias para a apresentacão de uma proposta de reajuste salarial.
Numa assembléia geral marcada por palavras de ordem, se misturavam policiais da
ativa, inativos e seus familiares, policiais civis e delegados e agentes penitenciários.
O coronel Francisco de Assis Silva, presidente do Clube dos
Oficiais da PM, disse que a greve só foi deflagrada por causa da intransigência
do Governo, lembrando que o ele informou que só poderia conceder o reajuste em
setembro e a categoria aceitou; propôs a formação de uma comissão e os
policiais aceitaram e depois voltou atrás, o que levou os policiais a decidirem
pela greve.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Antônio
Erivaldo, revelou que eles vão paralisar a partir da sexta-feira, porque vão
comunicar a decisão ao Tribunal de Justiça e Ministério Público, e também
porque o comando de greve vai definir os plantões e as delegacias que vão
funcionar para atender os casos mais graves, conforme determina a lei de greve.
Depois da Assembléia, os policiais fizeram uma caminhada
pelo centro da cidade, passaram pela lagoa, cidade baixa, pararam por alguns
minutos em frente ao Quartel do primeiro batalhão e terminaram na Praça João
Pessoa, onde eles pretendem permanecer em vigília até o final do movimento.
De acordo com informações do comando da categoria, logo que a assembléia
tomou a decisão pela greve, a notícia foi repassada para os Batalhões sediados
no interior do estado, o que levou a protestos em Cajazeiras, Patos, Guarabira,
Campina Grande e em outros municípios onde a polícia tem unidades em
funcionamento.
Da redação com Paraíba.com.br
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