O
Ministério da Educação tem R$ 1 bilhão para repassar a prefeituras que
estourarem as contas depois da aprovação do novo piso salarial dos
professores, que chegou a R$ 1.187,97.
Mas os candidatos aos recursos
terão de comprovar ao governo federal que a falta de dinheiro foi
causada exclusivamente pelo reajuste. Em 2010, nenhuma prefeitura
conseguiu receber a verba.
A portaria com as normas sai hoje no Diário Oficial. "Para ter
direito a essa complementação, a prefeitura tem de provar que foi o
aumento do piso que teve impacto na folha e não outras coisas, como
novas contratações, construção de escolas, etc.", explicou o ministro da
Educação, Fernando Haddad.
O ministério também exige que o município comprove que cumpre a
determinação de aplicar 25% das receitas municipais na educação e tenha
em lei um plano de carreira para o magistério. Além disso, apenas
municípios de nove Estados - Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí -, que recebem complementação da União
no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), podem pedir os
recursos.
As exigências foram simplificadas neste ano. Em 2010, era preciso que
a prefeitura aplicasse 30% das receitas em educação e tivesse a maioria
dos alunos na zona rural.
Financiamento. O MEC também publica hoje uma portaria normativa que
regulamenta a maneira pela qual docentes que exercem a profissão e
alunos de licenciatura poderão abater do Financiamento Estudantil (Fies)
os anos que derem aula na rede pública. Será preciso que o candidato
tenha carga horária de pelo menos 20 horas semanais de trabalho para que
tenha direito ao benefício. Com isso, quitará o financiamento em oito
anos e quatro meses de trabalho.
O prazo começa a contar a partir da assinatura do contrato do Fies
para os que já estão na rede ou a partir da contratação, para aqueles
que começarem a trabalhar depois. Para os professores que estavam dando
aula e tinham o contrato do Fies, o prazo de abatimento é contado a
partir de janeiro de 2010, quando foi aprovada a lei que instituiu o
abatimento.
Os professores ou estudantes interessados terão de fazer uma
solicitação específica ao MEC, por meio do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação.
Regras foram simplificadas neste ano - O novo piso
salarial dos professores da rede pública do País foi anunciado no dia 24
de fevereiro pelo ministro Fernando Haddad. O novo valor é de R$
1.187,97 para docentes de nível médio que cumprem carga horária de 40
horas - alta de 15,84% sobre os R$ 1.024,67 adotados em 2010. Para os
professores que cumprem 20 horas, o piso será de R$ 593,98. O governo
também anunciou o abrandamento das regras para a liberação de recursos
para as cidades que têm dificuldades para pagar o piso.
Estadão
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