A greve dos servidores da Saúde da Prefeitura de Campina Grande
completa uma semana de duração nesta sexta-feira (15). Apesar do tempo,
a Secretaria de Saúde considera o movimento fraco e aguarda que a
Procuradoria-Geral do Município declare a ilegalidade da paralisação.
De acordo com um levantamento da quinta-feira, apenas 10 das 92 equipes
do Programa de Saúde da Família (PSF) teriam parado, o que representa
cerca de 10% dos profissionais.
Apesar da avaliação da secretária Tatiana Medeiros, o Sindicato dos
Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab)
anunciou que a greve continua, agora com a adesão dos agentes de
vigilância ambiental, além dos médicos, enfermeiros, agentes de saúde e
agentes de combate às endemias.
A greve ameaçava a normalidade no atendimento de mais de 310 mil
pessoas cadastradas nos postos de Campina Grande, segundo dados do
Ministério da Saúde, mas a secretária considerou que os usuários não
foram prejudicados.
“O impacto é pequeno. A própria cúpula do sindicato está dividida.
Essa greve simplesmente não tem nenhuma justificativa. A Prefeitura tem
seguido todos os passos foram acordados com o sindicato em reuniões
anteriores. Não existe nem o que negociar mais!”, criticou Tatiana
Medeiros.
Um dos principais motivos para a deflagração da greve é a exigência
do sindicato para que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR)
dos servidores da saúde seja analisado o mais rápido possível. A
avaliação, de acordo com a secretária, não pode ser equivocada. “A
implantação do PCCR está seguindo a sua sequência natural e necessária.
Ele representará um impacto nas finanças do município e não pode ser
implantado de forma irresponsável”, comentou.
Do outro lado da questão, o Sintab denuncia que os servidores
grevistas estariam sofrendo ameaças e perseguições. O departamento
jurídico do sindicato informou que vai pedir uma investigação ao
Ministério Público. As denúncias foram negadas pela secretária Tatiana
Medeiros. “É um movimento democrático, embora até o momento a gente não
entenda os motivos”, disse.
O sindicato também anunciou a formação de uma equipe com 15
servidores da saúde para compor uma 'força-tarefa' de acompanhamento da
greve. “Este grupo irá percorrer todas as unidades médicas para fazer
um levantamento de como está a situação dos postos do município durante
o período grevista”, informou o presidente do sindicato, Napoleão
Maracajá. Ele ressaltou que um dos principais problemas enfrentados
pelos servidores seria a infraestrutura precária dos postos de saúde.
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