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O gato do mato

Ameaçado de extinção pela ação do homem

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Tatu-peba em Riachão

Uma das mais belas espécies da caatinga.

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Cobra Bicuda em Riachão

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Dona Lily Marinho


O corpo de Dona Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, fundador das Organizações Globo, foi enterrado pouco depois das 12h desta quinta-feira (6), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Antes da saída do cortejo, familiares e amigos participaram de uma missa na capela onde foi o velório.
João Baptista, filho adotivo de Dona Lily, estava muito emocionado durante o velório. "É muito triste. Ela me salvou a vida. Vou levar o coração dela comigo," declarou.

José Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, esteve no velório. "As minhas lembranças da Dona Lilly são lembranças domésticas. Ela era uma pessoa de muito bom humor, ajudou a trazer exposições pro Rio, uma pessoa muito ligada à cultura. Ela e meu pai se encontraram em uma idade avançada e as lembranças vão ficar na casa onde moravam. Meu sentimento é de ter perdido uma segunda mãe", disse José Roberto, que representou a família Marinho.
O Diretor da Central Globo de Pesquisa e Recursos Humanos, Érico Magalhães, representou a TV Globo.
A escritora Nélida Piñon também esteve no velório. "Era uma mulher extraordinária. Uma amiga afável, generosa e divertida. Ela sabia dosar ironia e inteligência. Tinha elegância moral. Era uma anfitriã impecável. Nunca ostentou os benefícios que a vida lhe deu. A vida também lhe deu grandes dores, que ela soube superar. Era uma brasileira exemplar," disse.
"Tenho a lembrança de uma mulher elegante no estilo de ser. Uma mulher educada, que se apaixonou novamente depois da maturidade, que tinha amor pelas artes. Ela fazia a união do Rio com Paris. Era muito humana, solidária", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral.
O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, também compareceu. "O Brasil perdeu uma grande dama, uma senhora fantástica. Ela era símbolo do Rio. Lamento muito o falecimento dela", afirmou.
Dona Lily morreu às 20h05 de quarta-feira (5), aos 89 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, também Zona Sul, desde o dia 13 de dezembro, com infecção respiratória. Duas semanas atrás, Dona Lily havia sido transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da clínica.
Filha de uma francesa e de um inglês, Lily Monique de Carvalho Marinho nasceu em Colônia, na Alemanha, mas foi criada na França. Foi em Paris que conheceu o primeiro marido, o empresário Horácio de Carvalho. Teve um filho, Horacinho, que morreu num acidente de automóvel, aos 26 anos de idade. Tempos depois, adotou um menino, que lhe deu quatro netos.
Dona Lily e Roberto Marinho se conheceram em 1941. Quase cinquenta anos mais tarde, quando a reencontrou, já viúva, Doutor Roberto se lembrava de como ela estava vestida quando se encontraram pela primeira vez. Eles se casaram em setembro de 1991. Roberto Marinho tinha 86 anos, e Lily, 70.
Com Doutor Roberto, Dona Lily ajudou a trazer pela primeira vez ao Brasil grandes exposições de artistas franceses, como Monet e Rodin. Pelo apoio e pela promoção da cultura, Dona Lily foi condecorada pelo governo da França com a Legião de Honra e homenageada pelo Ministério da Cultura do Brasil. Dona Lily era também Embaixadora da Boa Vontade da Unesco, o braço da ONU para educação e cultura.

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