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O gato do mato

Ameaçado de extinção pela ação do homem

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Tatu-peba em Riachão

Uma das mais belas espécies da caatinga.

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Cobra Bicuda em Riachão

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Prefeitura em São Paulo decide matar capivaras

A cidade de Campinas, em São Paulo, está dividida por causa de um grupo de capivaras. Os animais estão infestados de carrapatos que podem transmitir doenças. A prefeitura de Campinas já conseguiu autorização do Ibama para sacrificar os bichos, mas os ambientalistas e parte dos moradores protestaram.


Eles não aceitam que os animais sejam mortos, mas a prefeitura da cidade diz que é um caso de saúde pública e, por isso, precisa sacrificar os animais. Ao todo, 20 capivaras são condenadas a morte e uma cidade inteira está dividida.

“Acho que teria que sacrificá-las mesmo”, diz um morador. “Sou a favor dos bichos, por isso eu não quero que mate”, comentou uma senhora.

As capivaras já foram atração do parque. Agora todos querem distância delas. Estão infectadas com o carrapato estrela, o transmissor da febre maculosa. “A febre maculosa pode chegar a até 80% de mortalidade quando não iniciado o tratamento”, lembra o infectologista Frederico Giglitti Palazzo.
A capivara contém uma bactéria chamada "Ricketsia". Quando se alimenta do sangue do animal, o carrapato também fica infectado com a bactéria. Quando entra em contato com o ser humano faz a transmissão. “Os sintomas iniciais são febre muito alta, dores pelo corpo, dores musculares e dor de cabeça”, diz Frederico Giglitti.

Foram os sintomas apresentados pelo marceneiro Gilberto dos Santos, que trabalhava no parque, e morreu de febre maculosa. “Ainda hoje eu fico pensando nisso: eu tirava os carrapatos, mas mão imaginava que pudesse matar o meu marido”, lamenta a dona de casa Silvana de Araújo Lopes.

Nos últimos quatro anos a doença fez quatro vítimas no parque. Três pessoas morreram e uma conseguiu se recuperar após tratamento com antibióticos. O Lago do Café é uma área de lazer na região central de Campinas. Tem até um museu com peças que contam a história da cidade. Há mais de dois anos a visitação está proibida, e as capivaras ficam confinadas em um espaço pequeno. Nem elas nem a população podem desfrutar do parque. Por isso, a prefeitura pediu ao Ibama uma autorização para abater os animais.

O secretario de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, diz que o abate vai ocorrer até o fim de março por meio da injeção de substâncias letais.

“Não encontramos em nenhum órgão público ou mesmo em nenhuma normatização expedida por especialistas uma técnica que seja eficaz, que não traga dano ambiental e risco à vida humana e que possa servir como uma alternativa. Nós temos um problema de saúde pública”, diz o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva.

Os ambientalistas protestaram e entraram na Justiça para tentar impedir o sacrifício dos animais. “Poderiam ser separadas as capivaras que não estão contaminadas das que estão contaminadas, aplicar carrapaticida e, com isso, evitar o contato do carrapato com a capivara e a febre maculosa”, defende o presidente do Conselho Municipal de Proteção aos Animais, Flávio Lamas.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil ouviu o professor de doenças parasitárias da USP, Marcelo Bahia Labruna, um dos maiores especialistas do país no assunto. Ele diz que os carrapatos podem ficar mais de um ano sem se alimentar. Colocam até 10 mil ovos de uma vez e transmitem a bactéria da febre maculosa por várias gerações. Para ele, o abate é a melhor solução.

“Aplicar produtos químicos ou carrapaticidas no parque vai conseguir diminuir a população de carrapatos, mas não vai acabar com o carrapato. Não se elimina o risco de febre maculosa, ele sempre vai existir. Chegou a hora de a gente, realmente, debater o que é mais importante: a vida humana ou a vida de uma capivara?”, indaga o professor Marcelo Bahia Labruna.

A Justiça ainda não se manifestou quanto ao pedido do Conselho Municipal de Proteção aos Animais, de impedir o sacrifício das capivaras. Por enquanto, fica valendo o parecer do Ibama, que autoriza o abate. De toda essa história, fica uma certeza: quando o homem interfere na natureza, quando mexe com animais silvestres, o desequilíbrio é certo.

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