Com mandato, Cartaxo tem oportunidade de dar o troco para Maranhão por exclusão da majoritária nas eleições de 2010
A dissidência do PT virou maioria. Pelo menos dentro da bancada do partido na Assembleia. E uma maioria pró-Ricardo Coutinho. É que se pode deduzir das posturas adotadas pelos deputados estaduais eleitos Luciano Cartaxo, vice-governador da Paraíba, e Anísio Maia.
Ambos se retiraram da reunião da direção estadual da legenda por não concordarem com o conteúdo e a forma com que o atual presidente da legenda, Rodrigo Soares, quis conduzir a decisão da legenda quanto à posição em relação ao governo Ricardo Coutinho (PSB).
Ao deixarem o local junto com a turma dissidente capitaneada pelo deputado federal Luiz Couto, Cartaxo e Anísio sinalizaram que não vão fazer às vontades de Rodrigo Soares. Ou seja, oposição gratuita ao novo governo.
Formalmente, saiu vencedora a tese de fazer oposição ao governo Ricardo. Porém importa ao governador Ricardo Coutinho saber como o PT vai se posicionar nas votações na Assembleia, onde decide quem tem mandato.
Assim, com Cartaxo e Anísio menos afeito à ideia de oposição, a bancada do PT vai deixar Frei Anastácio falando sozinho. Ninguém sabe até quando, inclusive.
O PT terá, portanto, espaços no governo Ricardo. E, pra não fugir à regra, uma dissidência de oposição.
No geral e na Assembleia, o tom será mais ameno. Exatamente porque Cartaxo e Anísio não tem que se submeter aos “caprichos” de quem não terá mandato a partir de 2011. Leia-se, Rodrigo Soares. É uma regra cruel. Mas é a regra do jogo.
No dia a dia do PT, não valerá o que está no papel. Mas o que está cabeça dos que tem mandato.
Luís Tôrres
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