Agência Brasil
O Brasil foi alvo hoje (6) de protestos no Parlamento Europeu por
causa da decisão da Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a
extradição para a Itália do ex-ativista político Cesare Battisti, no
último dia 8. Um grupo estendeu faixas e um cartaz no qual havia
fotografias de quatro pessoas e a inscrição: Justiça para as Vítimas de
Battisti. A manifestação ocorreu no momento da chegada da delegação
brasileira à sede do Parlamento.
Na sede do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, houve
tumulto. A tensão começou quando o presidente da sessão, o britânico
Edward McMillan-Scott, mencionou a presença da delegação do Brasil. Em
meio à referência do parlamentar, foram estendidas faixas e cartazes. Os
manifestantes chegaram a chamar Battisti de assassino.
Os seguranças tentaram conter os manifestantes, retirando as faixas e os cartazes. Alguns foram destruídos.
No último dia 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a
extradição de Battisti e determinou sua imediata libertação. O
ex-ativista está no Brasil desde 2007 e aguardava julgamento preso na
Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Desde que saiu da prisão, Battisti está morando em São Paulo. Segundo
seus advogados, ele continuar morando no Brasil e trabalhar como
escritor.
Para as autoridades brasileiras, Battisti deve ser tratado como
perseguido político. No entanto, as autoridades italianas o consideram
um criminoso comum.
Integrante do grupo guerrilheiro Proletários Armados pelo Comunismo
(PAC), Battisti é acusado de participar de quatro assassinatos - de um
joalheiro, um policial, um carcereiro e um militante. Ele nega a autoria
dos crimes, mas foi julgado à revelia e condenado.
A decisão da STF provocou um debate na Itália, que resiste a aceitar a
libertação de Battisti. Autoridades do governo italiano anunciaram que
vão recorrer à Corte Internacional. A medida ainda não foi encaminhada.
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