A FONTE DO TAMBIÁ

A Provedoria da Fazenda Real, em 2 de março de 1782, autorizou a construção de uma fonte num sítio localizado na cidade da Parahyba, João Pessoa, aproveitando as águas do córrego que cortava um bosque. Finalmente, em 1889, a obra foi concretizada, estando no atual Parque Arruda Câmara, homenageando ao botânico importante da época, e nascido no município de Pombal, no Sertão Paraibano.

O prefeito de João Pessoa, Walfredo Guedes Pereira (1920-24), foi o responsável pela desapropriação do Parque, que tem uma área equivalente a 43 hectares.

A lenda conta que o índio cariri Tambiá, desceu certo dia da Serra da Copaoba para guerrear os índios Tabajaras, localizados no litoral paraibano, tendo saído ferido da luta e feito prisioneiro foi levado à presença do chefe Tabajara a quem caberia a responsabilidade de decidir a sua sorte. Ao se pronunciar a respeito, o chefe ordenou que o guerreiro fosse morto.

Enquanto estivera preso e aguardando a decisão sobre a sua vida, a filha do cacique vencedor se apaixonou perdidamente por ele e pediu muitas vezes ao seu pai para cuidar dos ferimentos do amado. Recebendo permissão, passou a tratá-lo, porém, morreu dias depois, tendo a índia o chorado sobre o túmulo, durante 9 luas.
As lágrimas da índia se transformaram numa fonte que recebeu o nome de Tambiá, existindo até hoje, no interior do Parque Arruda Câmara, conhecido de todos pelo nome de “Bica”, onde se localiza o Horto Zoobotânico, muito visitado por adultos e crianças que têm a oportunidade de desfrutar do verde de um pedaço de Mata Atlântica em plena capital paraibana.