Maranhão diz que impacto da PEC 300 é de R$ 29 milhões por ano; Ricardo tem que avançar na tese de que a promessa é fantasiosa e mostrar o que é possível pagar
O governador José Maranhão declarou nesta sexta-feira que o impacto da implantação da PEC 300 para policiais militares e civis na Paraíba é de R$ 29 milhões ao ano. Foi exatamente a resposta que faltou ontem à noite no debate da TV Clube, quando provocado pelo ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB).
Hoje, depois de ter “estudado” o assunto com técnicos da área, Maranhão foi à rádio Correio para reforçar a tese de que é totalmente possível pagar o benefício à PM. Segundo Maranhão, a previsão de aumento da receita corrente líquida do Estado, em especial com a arrecadação do IMCS, proporcionará margem para concessão do aumento, a ser dado em 18 meses.
Ontem, Maranhão se enrolou ao tratar do assunto. No debate, deixou Ricardo Coutinho falando sozinho de que o impacto não seria suportado pela folha e de que o governador vetou reajuste para servidor.
Mas hoje já o traz à tona de forma mais clara, após fundamentação dos técnicos, o debate da PEC 300. O que impõe ao ex-prefeito Ricardo Coutinho a necessidade de sair da ladainha de que a proposta é tipicamente eleitoreira e que não condiz com a realidade orçamentária do Estado: se não é possível pagar a PEC 300, Ricardo Coutinho tem que dizer aos policiais o que é possível pagar, então.
É uma questão de mergulho financeiro sobre o tema. Da mesma forma que Maranhão mergulhou nos números para prometer o impossível, Ricardo tem que mergulhar nos números para prometer o possível.
Uma fantasia se desconstrói com mais força diante de uma possibilidade real.
Entre a suposta mentira e o evidente silêncio, as pessoas costumam acreditar na primeira.
Luís Tôrres
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