A não ser por um autêntico milagre, o governador José Maranhão (PMDB) não estará presente à solenidade em que deveria passar oficialmente a faixa para Ricardo Coutinho, na tarde do sábado, dia 1º de janeiro próximo.
O governador não esconde sua irritação pela postura ainda belicosa de Ricardo Coutinho, sempre que se refere a ele e ao atual governo do Estado, mesmo com a campanha já tendo terminado há praticamente um mês.
Maranhão entende serem naturais as críticas de um adversário político que, no embate de uma campanha, saiu vitorioso nas urnas. O que o governador acha desnecessário é a contumácia de Ricardo nos ataques sistemáticos e, muitas vezes, segundo ele, desnecessários ao governante e sua equipe.
"Comportamento gera comportamento", tem repetido o cacique do PMDB paraibano, ainda mais sensibilizado por ter deixado escapar a reeleição e naufragar um projeto de poder de longo prazo.
Esta semana, inclusive, o secretário Roosevelt Vita (Controladoria Geral do Estado), durante entrevista aos jornalistas Giovanni Meirelles e Beth Menezes, na CBN, reforçou o entendmento. "O governador vai participar, desde que até o dia da posse ele e seu governo sejam tratados com respeito e urbanidade", deu o recado Vita.
Mágoa
Além da mágoa pessoal, consolidada no espírito de um homem público que já não tem idade mais para aceitar ser espicaçado publicamente, numa situação política adversa, a família de José Maranhão ainda o tem desestimulado a participar do ato solene por temer justamente que o próprio clima belicoso criado pelo governador eleito colabore para que a militância venha a vaiar ou mesmo ser hostil com palavras ao não reeleito.
Portanto, deverá sobrar para o vice-governador Luciano Cartaxo (PT), deputado estadual eleito, a missão de formalizar a transferência do governo para as mãos de Ricardo Coutinho, na solenidade do Espaço Cultural.
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