Um esquema de mensalão funcionou na Assembléia Legislativa
durante o governo Maranhão III. Todos os meses, os cofres estaduais
desembolsavam até R$ 1,5 milhão para bancar gratificações nos
contracheques de cerca de 200 pessoas – todas parentes de políticos.
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O custo per capita era de aproximadamente R$ 7,5 mil mensais, engordando os vencimentos dos servidores nomeados por deputados.
A
denúncia veio a público esta manhã pelo deputado Tião Gomes(foto), que
admitiu ter esposa e filhas beneficiadas pela distribuição de
gratificações e prometeu divulgar lista com os nomes dos inseridos no
esquema.
Gomes defendeu a instalação de Comissão Parlamentar de
Inquérito para investigar a farra das gratificações – endossando
solicitação que também foi feita pelos secretários do governador.
Cortina de fumaça
As revelações reforçam informações ventiladas pela equipe econômica do governador Ricardo Coutinho, em sessão especial realizada semana passada na AL para explicar demissões de prestadores de serviço do Estado.
Para
o deputado Gervázio Maia, do bloco da oposição e ex-líder do governador
José Maranhão, as denúncias foram montados para encobrir a crise
instalada a partir dos desligamentos em massa dos servidores.
“Esse mensalão nunca existiu”, garantiu Maia, antecipando que o bloco de oposição apoiará a instalação de CPI.
“Revelará que estas denúncias não passam de cortina de fumaça”, finalizou.
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Adriana Bezerra
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