Santiago defende Maranhão no comando do PMDB e é contra a expulsão dos 'infiés'

O senador Wilson Santiago afirmou na noite desta sexta-feira (04) durante entrevista ao programa Bastidores, da TV Master, que o PMDB não é um partido que se caracterize historicamente por fazer oposição radical e que a "legenda sempre deu um prazo de tolerância aos governantes". Wilson se referiu à relação dos peemedebistas, que tem como líder José Maranhão, com o governador Ricardo Coutinho.

De acordo com o senador, a oposição da Paraíba deve começar a cobrar as ações do governo em um prazo de 90 dias: "serão cobradas as promessas de campanha e também será feita a fiscalização das ações do governo", garantiu.

Questionado sobre a possibilidade de concorrer à presidência do PMDB na Paraíba, Santiago afirmou que o posto não lhe interessa . O senador defendeu que o comando do partido continui nas mãos de Maranhão: "o governador tem plenas condições de continuar no comando do partido".

Sobre o posicionamento do PMDB em relação aos chamados 'infiés', ou seja, os políticos que passaram para o lado de Ricardo Coutinho durante as eleições estaduais, Santiago afirmou que serão analisados caso a caso, mas que a expulsão de filiados não é uma prática do PMDB: "Nunca votei a favor de expulsão. Essa não é uma prática da executiva exatamente para não constranger ninguém", afirmou Santiago.

Processo de Cássio no STF

Wilson Santiago comentou o fato de ter assumido o mandato no lugar de Cássio Cunha Lima (PSDB). Ele afirmou que é o ocupante legítimo da vaga, já que a Justiça Eleitoral indeferiu o registro da candidatura do ex-governador. De acordo com Wilson, para a Justiça, ele foi o segundo candidato mais votado para o cargo na Paraíba, tendo sido superado apenas por Vital do Rego Filho (PMDB). "Para a Justiça só são eleitos os que registraram a candidatura", resumiu Santiago, que ocupa a 2ª vice-presidência no Senado Federal.

 

 

 

Da redação do Blog  com Paraíba.com.br