A nuvem radioativa causada após as explosões nos reatores da Usina de Fukushima, no Japão, deverá chegar na Europa na próxima semana, afirmaram especialistas franceses nesta quinta-feira. De acordo com cientistias, ao chegar no continente a nuvem já não deve ser nociva à saúde.
Como medida de segurança o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França criou um site no qual é possível ter acesso a nível de radiação no país.
A radiação é medida através de sensores espalhados pela França, os dados são disponiblizados no site com defasagem de apenas uma hora. O página da internet tem tido um número tão grande de acessos que tem ficado fora do ar.
De acordo com os especialistas, não há razão para pânico. Em razão da dispersão das partículas radioativas durante o trajeto Japão - Europa. nível de radioatividade da nuvem ficará baixo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quinta-feira que a situação nos reatores danificados da usina nuclear japonesa de Fukushima continua sendo "muito séria", embora não tenha piorado desde quarta-feira.
Graham Andrew, assessor do diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, declarou à imprensa que a situação no reator 4 da usina é a de maior preocupação, já que não se sabe nada sobre o nível de água nos reservatórios de combustível nuclear.
Além disso, não se sabe nada sobre a temperatura da água nos reservatórios desde o dia 14 de março e os especialistas da AIEA não descartam que esteja fervendo.
Terremoto deixa milhares de mortos e desaparecidos
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 4.314 mortos e 8.606 desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
O terremoto teve epicentro no Oceano Pacífico, a 130 km da península de Ojika, e a uma profundidade de dez km, na mesma região onde há dois dias ocorreu um tremor de 7,3 graus que não deixou danos. O sismo ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 de Brasília) e alcançou 7 graus na escala japonesa - o nível máximo.
O terremoto teve epicentro no Oceano Pacífico, a 130 km da península de Ojika, e a uma profundidade de dez km, na mesma região onde há dois dias ocorreu um tremor de 7,3 graus que não deixou danos. O sismo ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 de Brasília) e alcançou 7 graus na escala japonesa - o nível máximo.
Perigo da radiação
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que as autoridades japonesas anunciaram um incêndio na lagoa de armazenamento - uma piscina usada para manter a temperatura do combustível nuclear baixa - do reator 4 e que a "radioatividade está sendo liberada diretamente na atmosfera".
Os trabalhadores estavam tentando estabilizar três dos reatores da usina, que sofreram pequenas explosões depois do terremoto e tsunami de sexta-feira - que danificou o sistema de resfriamento. Desde o terremoto, os engenheiros injetam água do mar nos reatores como uma tática emergencial.
Um quarto reator, que estava desligado no momento do tremor, pegou fogo na manhã de terça-feira (noite de segunda-feira) e mais radiação foi liberada. O fogo foi apagado.
Os reatores 1 e 3 estão estáveis, mas a situação da unidade 2 não é clara. As temperaturas nos dois outros reatores, unidades 5 e 6, estão ligeiramente elevadas.
Autoridades disseram que 50 trabalhadores, todos eles com equipamento de proteção contra radiação, ainda estavam tentando bombear água para os reatores para refrigerá-los. Eles dizem que outros 800 funcionários foram retirados. Os incêndios e explosões nos reatores deixaram 15 trabalhadores feridos e até 190 pessoas expostas a radiações elevadas.
Com informações da EFE
O Dia Online
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