Apesar de voltarem ao trabalho nesta segunda-feira (6) por
determinação da Justiça, os professores da rede estadual de ensino
ameaçam não repor as aulas que deixaram de ser ministradas durante mais
de um mês de greve. Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
da Paraíba (Sintep) informou que a reposição das aulas só será discutida
com o Governo do Estado quando os descontos salariais forem
ressarcidos.
A asssessoria jurídica do sindicato prepara uma ação com pedido de
tutela antecipada para reivindicar na Justiça os salários cortados.
A Secretaria Estadual de Educação informou que aplicou descontos nos
contracheques dos grevistas, relativos aos dias não trabalhados.
Alguns profissionais denunciaram que os cortes foram feitos sem
critérios, pois servidores que estariam de licença por motivos de saúde e
até aposentados teriam sido afetados pela medida.
Cerca de 400 mil alunos tiveram o período letivo interrompido por
causa do movimento grevista dos docentes pela implantação do piso
salarial nacional. Devido à quantidade de estudantes prejudicados, o
desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira decretou, na última
quarta-feira (1), que a categoria retornasse às salas de aula dentro de
72 horas, sob pena de multa diária de R$ 20 mil caso a decisão fosse
descumprida.
Reivindicações
Os docentes reivindicam a implantação do piso salarial nacional na
Paraíba. Na proposta, o Estado oferece R$ 926,17 e uma bolsa desempenho
de R$ 230. A remuneração proposta, então, soma R$ 1.156,17, sendo
29,77% superior ao piso nacional, segundo o secretário-chefe.
Os professores, no entanto, argumentam que no salário estão
agregadas as gratificações de Estímulo à Docência (GED) e Especial de
Atividades Pedagógicas (Geap), que já era direito da categoria.
PB1
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