Líderes religiosos entregaram ao presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas
contra o Projeto de Lei 122/2006, que aumenta a pena para quem
discrimina homossexuais. Evangélicos e católicos alegam que o projeto
cria uma casta privilegiada e fere a liberdade religiosa.
A vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PSDB) disse que
assinou o abaixo assinado e que já pediu ao senador Cícero Lucena (PSDB)
que vote contra a matéria. A parlamentar adiantou que irá fazer o mesmo
apelo aos outros dois senadores que representam a Paraíba.
O pastor Silas Malafaia atuou como porta-voz do grupo. Ele disse
que não há acordo e que a proposta precisa ser arquivada: “O projeto de
lei é inconstitucional. Lei contra a homofobia já existe, isso é
conversa para dar privilégio a uma minoria”, argumentou. Mais cedo,
cerca de 25 mil pessoas se reuniram em frente ao Congresso para
protestar contra a medida. Deputados e senadores da bancada cristã
participaram do ato. Silas Malafaia chegou a rasgar uma cópia do Projeto
de Lei.
Os manifestantes da chamada Marcha da Família também protestaram
contra o casamento gay, a legalização do aborto e a descriminalização
das drogas.
Polêmica – O projeto de lei que criminaliza a homofobia foi
aprovado no plenário da Câmara no ano passado. O texto prevê pena de
prisão de até 5 anos para quem criticar os homossexuais publicamente,
seja qual for a razão. E também estabelece punição a quem preterir
homossexuais em uma seleção de emprego, por exemplo.
A relatora do texto no Senado, Marta Suplicy (PT-SP), chegou a
influir uma emenda dando imunidade a pregadores que atuem dentro de
templos religiosos. Mas isso não mudou a postura dos cristãos: “A
senadora Marta Suplicy pensa que crente é otário”, disse Silas Malafaia,
do alto de um carro de som, nesta quarta-feira. Os manifestantes
vaiaram quando o nome da parlamentar foi citado.
Da redação com com Veja
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