O
primeiro dia do 1º Encontro Mundial de Blogueiros começa com dois dos
palestrantes internacionais mais esperados. Na mesa estavam o porta-voz
do Wikileaks, Kristinn Hrafnsson, o jornalista do Le Monde Diplomatique,
Ignácio Ramonet, o jornalista brasileiro Luiz Nassif, a fundadora da
Agência Pública de Jornalismo Investigativo, Natália Viana, e a
blogueira gaúcha Tatiane Pires. O jornalista Dênis de Moraes não
conseguiu chegar a tempo para participar da atividade.
Para
Ignácio Ramonet, as redes sociais foram a primeira coisa a
desestabilizar o monopólio de mais de um século e meio da velha mídia
Hrafnsson
contou a história do Wikileaks, falou sobre a “lacuna” que se formou no
jornalismo nos últimos dez anos, da facilidade de manipulação da
informação e a importância do Wikileaks para preencher essa lacuna com
informações transparentes. Comentou o risco que a organização correu por
trabalhar em conjunto com grandes veículos da mídia tradicional como
New York Times e The Guardian e que, se pudessem começar novamente,
teriam feito os acordos diretamente com jornalistas e não com as
empresas de comunicação.
Em seguida, Hrafnsson alertou para a importância dos veículos de comunicação alternativos. “Eles normalmente não estão atrelados a nenhum tipo de governo e não estão ligados financeiramente a grandes corporações, geralmente são mais críticos e comprometidos com a qualidade da informação”, disse.
Finalizou dizendo que os blogueiros são parte fundamental neste novo processo da comunicação. E afirmou ainda que, futuramente, eles poderão ser colaboradores do Wikileaks. “Vocês blogueiros e nós do Wikileaks estamos de mãos dadas, em poucos anos o futuro será definido e nós precisamos fazê-lo com transparência”.
“A explosão das novas mídias foi uma das coisas mais importantes já acontecidas na comunicação”, afirmou Ignácio Ramonet. De acordo com ele, as novas mídias estão colocando a profissão de jornalista em crise de identidade. “O jornalista já não sabe mais para quê ele trabalha, as mídias tradicionais perderam seu monopólio da informação para os blogueiros”. Mas destacou: “Muitos blogueiros não estão contra o conservadorismo, pelo contrário, há muitos blogueiros reacionários e conservadores”.
Ramonet alertou ainda sobre o fato de estarmos passando por um período de transformação na comunicação. “Se este debate estivesse acontecendo há cinco anos, nós estaríamos falando do MySpace, hoje estamos falando do fenômeno Twiiter, que provavelmente daqui há 5 anos já terá sido superado por algo mais interessante”.
O comunicólogo falou sobre a rapidez da informação e o quanto é importante estar atento a este novo processo. “As mídias tradicionais existem há mais de um século e meio, e as redes sociais, com certeza, foram a primeira coisa a desestabilizar este monopólio. Estamos em um sistema efêmero que não tem vocação para estar estabilizado como os velhos meios estavam”.
Para fechar a mesa, o jornalista Luiz Nassif ressaltou o papel das novas mídias no Brasil: “A velha mídia espalha a intolerância. A construção do conhecimento pressupõe você abrir mão da propriedade da informação”, afirmou. Alertou ainda sobre o posicionamento da mídia tradicional brasileira, que não tem uma identidade própria e tenta seguir o modelo da mídia estadunidense.
De Foz do Iguaçu,
Em seguida, Hrafnsson alertou para a importância dos veículos de comunicação alternativos. “Eles normalmente não estão atrelados a nenhum tipo de governo e não estão ligados financeiramente a grandes corporações, geralmente são mais críticos e comprometidos com a qualidade da informação”, disse.
Finalizou dizendo que os blogueiros são parte fundamental neste novo processo da comunicação. E afirmou ainda que, futuramente, eles poderão ser colaboradores do Wikileaks. “Vocês blogueiros e nós do Wikileaks estamos de mãos dadas, em poucos anos o futuro será definido e nós precisamos fazê-lo com transparência”.
“A explosão das novas mídias foi uma das coisas mais importantes já acontecidas na comunicação”, afirmou Ignácio Ramonet. De acordo com ele, as novas mídias estão colocando a profissão de jornalista em crise de identidade. “O jornalista já não sabe mais para quê ele trabalha, as mídias tradicionais perderam seu monopólio da informação para os blogueiros”. Mas destacou: “Muitos blogueiros não estão contra o conservadorismo, pelo contrário, há muitos blogueiros reacionários e conservadores”.
Ramonet alertou ainda sobre o fato de estarmos passando por um período de transformação na comunicação. “Se este debate estivesse acontecendo há cinco anos, nós estaríamos falando do MySpace, hoje estamos falando do fenômeno Twiiter, que provavelmente daqui há 5 anos já terá sido superado por algo mais interessante”.
O comunicólogo falou sobre a rapidez da informação e o quanto é importante estar atento a este novo processo. “As mídias tradicionais existem há mais de um século e meio, e as redes sociais, com certeza, foram a primeira coisa a desestabilizar este monopólio. Estamos em um sistema efêmero que não tem vocação para estar estabilizado como os velhos meios estavam”.
Para fechar a mesa, o jornalista Luiz Nassif ressaltou o papel das novas mídias no Brasil: “A velha mídia espalha a intolerância. A construção do conhecimento pressupõe você abrir mão da propriedade da informação”, afirmou. Alertou ainda sobre o posicionamento da mídia tradicional brasileira, que não tem uma identidade própria e tenta seguir o modelo da mídia estadunidense.
De Foz do Iguaçu,
Mariana Serafini para o Vermelho
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