Diz diretora executiva do Ibope
“A pesquisa de opinião pública é complicada, as pessoas mudam de ideia de um dia para o outro".
A diretora executiva de Inteligência do Ibope, Márcia Cavallari – em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, falou sobre as surpresas nas eleições de 2010 e como se explica as mudanças nos resultados.
Sobre as mudanças no placar das eleições, Márcia diz que “a pesquisa de opinião pública é complicada, as pessoas mudam de ideia de um dia para o outro. A pesquisa é falível sim, ela pode ter erros sim. A própria estatística diz isso. Não considero que a pesquisa é uma verdade absoluta”. E continua: “Nós falamos com base nos números”.
Ela admite que foram cometidos erros nesta eleição, como no estado do Paraná e ainda cita outros exemplos: “Erramos em Santa Cataria também. Acredito que na Paraíba e no Acre também houve alguns erros. Agora, em Alagoas não. Fernando Collor de Mello não era líder em nossas pesquisas e não foi mesmo eleito”.
Abordada sobre qual fato tirou mais votos de Dilma Rousseff, se a questão do aborto ou o caso da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Márcia revela que a primeira teve maior peso: “Vimos nitidamente a Dilma perdendo votos e a Marina crescendo, principalmente entre os evangélicos”.
Questionada por Marília Gabriela se no segundo turno os eleitores de Marina podem votar para Serra ou para Dilma, dependendo de quem ela apoiar, a diretora responde: “É difícil dizer. E também não significa que se a Marina apoiar o Serra, que todos os eleitores da Marina vão votar neste candidato. Isso não é possível afirmar”.
Como cidadã, ela acredita na tendência e não nos números em uma pesquisa. “A pesquisa não é oráculo nem uma verdade absoluta, ela é uma estimativa. Não podemos esquecer disso”.
Marcia diz ainda que o eleitor brasileiro está mais maduro, mais pragmático. E elege o Tiririca?, diz Marília Gabriela. “Eu vejo o Tiririca como um voto de protesto”, emenda a pesquisadora.
Do site da TV Cultura
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