O voto no Brasil é, lamentavelmente, uma das coisas mais banais da nação. Pesquisas revelam que um percentual grande de eleitores, em alguns casos mais de 40%, chegam no dia da eleição sem convicção de em quem vai votar, especialmente em se tratando de candidaturas proporcionais (vereadores, deputados).
Grande parte do eleitorado, inclusive, só se vê dentro do processo eleitoral na última semana. Ou seja, de nada valerão os três meses de campanha intensa se o candidato não “investir” tudo na última semana e, principalmente, nos últimos dias da campanha. Há quem diga que os últimos dias são mais importantes do que toda a campanha.
Este ano, em especial, há mais um ingrediente para que o candidato “cole” no eleitor até o dia da eleição. A votação está complicada. São seis votos, 19 números, 25 dígitos ao todo (incluindo as confirmações).
Isso vai dar uma confusão na hora do voto que ninguém pode imaginar. E olhes que as pesquisas locais e nacionais tem revelado que mesmo entre os eleitores que já definiram o voto é grande o percentual daqueles que não sabem os números dos candidatos.
Tanto que a Justiça Eleitoral prevê tempo de um minuto e meio para cada eleitor votar. É engarrafamento na certa nas zonas eleitorais.
Por causa disso, o candidato que não “colar” no eleitor nos últimos dias e fazer com que ele vá pra urna com a “cola” na mão estará fadado a fazer uma campanha linda com desfecho amargo.
As últimas jogadas serão fundamentais para escolha dos eleitos. E deverão derrubar muitas e muitas previsões dos analistas políticos com viés premonitórios.
Luís Tôrres
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