O episódio que foi registrado ontem em Campina Grande é algo que atenta contra a autonomia das instituições. Oficiais da Polícia Militar, do alto de suas insígnias, de arma em punho, intimidaram agentes da Polícia Federal.
E por que intimidaram? Simplesmente porque os agentes da PF não traziam notícias que interessavam aos oficiais da PM, que queriam à força informações comprometedoras contra determinada coligação em disputa.
A Polícia Federal, que agiu inspirada pela lei e não pela política, foi acossada em pleno exercício de sua função.
Coronel Ramos, comandante do batalhão da PM em Campina, e o Major Clementino, comandante da CPTran, imaginaram estar falando com policiais subalternos. Mais um pouquinho, tinham exigido que os agentes polissem seus coturnos.
O efeito, no entanto, foi contrário. Gerou, como não deveria deixar de ser, reação imediata da cúpula da Polícia Federal.
Que já entrou em contato com o secretário de Segurança Pública do Estado e também delegado da PF, Gustavo Gominho, pra deixar claro: não permita que a PM interfira no trabalho da Polícia Federal.
Ela tem autonomia garantida em lei e não pode ser intimidada sequer pelo presidente da República. Numa queda de braço, portanto, levará vantagem.
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