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O gato do mato

Ameaçado de extinção pela ação do homem

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Tatu-peba em Riachão

Uma das mais belas espécies da caatinga.

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Cobra Bicuda em Riachão

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Algodão colorido da PB é destaque no São Paulo Fashion Week


O algodão colorido orgânico gera renda na Paraíba.O algodão colorido orgânico gera renda na Paraíba.
Jornal da Globo
Uma tendência mundial exibida na São Paulo Fashion Week está tomando conta do país: é o uso de matérias-primas produzidas de forma sustentável. Um bom exemplo é o aumento da cultura de algodão orgânico, que já nasce colorido -- e a valorização dos trabalhadores.

As roupas exibidas em passarelas dos principais desfiles de moda do país e vendidas em lojas sofisticadas estão mudando a vida de pessoas que vivem em lugares bem distantes das prateleiras.
No interior da Paraíba, pequenos agricultores aprenderam com a Embrapa a cultivar algodão sem prejuízo para o meio ambiente nem para a saúde. Valorizado no mundo da moda por ser uma fibra natural, o algodão esconde uma triste realidade: plantado da forma tradicional, é uma das culturas que mais necessitam de agrotóxicos: consome 1/4 de todo inseticida usado no mundo, segundo a Fao - organização das nações das Nações Unidas para alimentação e agricultura. O pesticida contamina o solo e é prejudicial para os agricultores.
"Muita gente adoecia, hoje não, as pessoas têm mais saúde pra trabalhar com esse produto", conta um agricultor.
Algodão orgânico
A plantação orgânica está devolvendo o algodão ao semiárido da Paraíba. Campina Grande nos anos 30 foi o segundo polo mundial de comércio de algodão, perdendo apenas para Liverpool, na Inglaterra. Mas na década de 80, as plantações acabaram destruídas pelo bicudo, praga que dizimou lavouras em todo o país.
O cultivo sem pesticida, em áreas como esta, dá emprego à famílias que já tinham desistido do algodão. A volta desta cultura ao interior da Paraíba foi possível por causa do empenho de pesquisadores que desenvolveram e conseguiram estabelecer um produto diferenciado. O algodão que além de orgânico, nasce colorido com uma fibra de qualidade para a indústria têxtil.
Na região, o algodão orgânico já garante o sustento de mais de 300 famílias. Os trabalhadores estão na ponta de uma rede que faz moda respeitando a natureza e remunerando cada etapa da produção de forma a estimular o trabalho de todos.
Plantio
"A gente trabalha desde a distribuição das sementes aos agricultores, em agricultura familiar nos assentamento no semiárido nordestino até compramos deles a pluma de algodão e fazemos alguns tecidos", fala a presidente de cooperativa Maísa Motta Gadelha.
Maísa é presidente da cooperativa que coordena a produção e vende roupas e artigos de decoração feitos com o algodão orgânico da região. Os materiais que seriam desperdiçados - os mínimos retalhos - são transformados em simpáticos bichinhos e bonecas.
Além de dispensar veneno, algodão orgânico colorido não precisa de tingimento, um processo industrial também nocivo ao meio ambiente e dependendo da cor, vale o dobro preço do convencional.
E o que acontece no campo pode fazer diferença na hora de escolher uma roupa. "O consumo consciente engloba essa maneira de começar a entender e pensar - como é feito, aonde é feito, de que maneira é feito aquele produto que você está consumindo", fala a consultora de moda Chiara Gadaleta.
Por enquanto apenas 1% do algodão produzido no Brasil não usa pesticida, mas o mercado é promissor.
Produtos
Design e acabamento garantiram espaço para a moda sustentável nas coleções das grifes internacionais mais badaladas.
"Você tem uma tendência que não é modinha, é consolidada existem pesquisas que comprovam que não são os empresários querendo fazer marketing, é a sociedade demandando um produto mais justo, mais ético”, explica a pesquisadora Lilyan Berlin.
"Quando falar consumo consciente, ninguém precisa parar do consumir, ao contrário, a gente precisar começar a consumir conscientemente”, avisa Chiara.
"Pra mim isso é ser chic de verdade. Isso é o novo luxo", fala Metsavath.

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