O presidente da Cagepa lembrou que, ao assumir a Companhia, em janeiro deste ano, deparou-se com uma dívida de R$ 342 milhões
A
Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) está intensificando,
junto a devedores públicos e particulares, a negociação de débitos
existentes com a empresa. O prazo para que os clientes procedam com a
negociação, segundo informou o presidente da empresa, engenheiro
Deusdete Queiroga, será de até 60 dias, a contar da data de recebimento
das notificações. Já as prefeituras terão 30 dias para negociarem os
seus débitos.
“Estamos convidando todos os clientes públicos e privados para
repactuarem seus débitos dentro dos prazos estipulados e em condições
especiais”, declarou o presidente. De acordo com ele, as prefeituras têm
até 30 dias para efetuarem a negociação. Já para os clientes
particulares, por considerar que se trata de um volume maior, o prazo é
de 60 dias.
A negociação dos débitos, ainda conforme Queiroga, pode ser feita com
o pagamento de uma entrada mais um parcelamento em até 24 meses. Ele
lembra que todas as condições de pagamento foram aprovadas pelo Conselho
de Administração da Cagepa. “Algumas prefeituras e clientes já
compareceram e a expectativa é para que, nos próximos dias, as
negociações se intensifiquem”, estima.
De acordo com o presidente, o valor total de dívida de todos os
inadimplentes (empresas públicas, privadas, comércio e residências),
gira em torno de R$ 200 milhões. Segundo ele, o não comparecimento dos
devedores durante os prazos determinados implicará na adoção de medidas
cabíveis, como, por exemplo, o corte no fornecimento de água e cobrança
judicial.
“A Cagepa é uma empresa que presta serviços essenciais, por isso,
precisamos assegurar a geração de receita para revertê-la em
investimentos e benefícios para a população”, disse Queiroga,
ressaltando que, “enquanto a Companhia espera receber dos devedores
cerca de R$ 200 milhões, ela acumula uma dívida bem maior que este
valor”.
Dívida milionária – O presidente da Cagepa lembrou
que, ao assumir a Companhia, em janeiro deste ano, deparou-se com uma
dívida de R$ 342 milhões, provenientes de empréstimos bancários (R$ 140
milhões), financiamento junto à Caixa Econômica e BNDES (R$ 50 milhões),
impostos federais (R$ 99 milhões), Energisa (R$ 12 milhões), taxas e
contribuições (R$ 17 milhões) e fornecedores diversos (R$ 23 milhões).
PolíticaPB com Secom
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