Cinco paraibanos, que buscaram na Líbia uma alternativa de trabalho,
agora estão vivendo momentos difíceis com os conflitos no país contra o
líder Muammar Kadhafi, que está no poder há 41 anos. Os paraibanos são
naturais de Campina Grande e trabalham na construtora brasileira Queiroz
Galvão, que contratou um navio para realizar o resgate.
Dois irmãos e um filho de Fátima Silva estão na cidade de Benghaz, no
leste da Líbia, local que o conflito teve início. "Meu filho ligou
ontem e disse que estava bem e em um hotel. Eu é que estou desesperada",
contou nesta quarta-feira (23). Um cunhado e uma cunhada de Fátima,
também estão no país. Eles vivem na Líbia há um ano.
O filho de Fátima, Carlivando Silva, de 25 anos, trabalha como mestre
de obras da empresa. Os irmãos dela, Afonso Carlos da Silva e Luis
Carlos Silva, também trabalham na construtora. Segundo Fátima,
Carlivando não soube informar a data e horário que ele e seus parentes
retornam ao Brasil.
No total, cerca de 180 brasileiros, funcionários da construtora
Queiroz Gaivão, estão na Líbia aguardando o resgate que será feito pelo
mar. A empresa contratou um navio que está a caminho da cidade de
Benghaz.
Entre 500 e 600 brasileiros vivem atualmente na Líbia, em sua grande
maioria empregados de empresas do país, como a própria Queiroz Galvão, a
Odebrecht e a Petrobras.
Saída pelo mar
Segundo o chanceler Antonio Patriota, o navio com os brasileiros deve
chegar entre esta quarta (23) e quinta-feira (24). A solução da saída
pelo mar é a melhor opção, já que o aeroporto da cidade está destruído e
nas estradas certamente terão pontos de conflito. A solução usada pela
Turquia também deve ser usada pelo Brasil.
Os brasileiros serão levados para a ilha de Malta, mas a empresa de
construção Queiroz Galvão, por questões de segurança, não informou
detalhes sobre o embarque.
Conflitos
Benghaz, a segunda maior cidade da Líbia, é o berço da revolta
popular contra as mais de quatro décadas de governo do líder Muammar
Kadhafi. Moradores do local afirmam que a cidade agora está sob controle
dos manifestantes.
Os combates explodiram na semana passada, em uma reação a décadas de
repressão e após levantes que derrubaram líderes na Tunísia e no Egito.
Em discurso transmitido pela TV, ele prometeu lutar 'até a última
gota de sangue' e ameaçou os manifestantes. O chanceler italiano Franco
Frattini, afirmou que os números de mortos até agora no país pode
chegar a mil.
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