Entre tantas análises feitas a partir da decisão do STF suspendendo
a Ficha Limpa e, por conseqüência, permitindo ao ex-governador Cássio
tomar posse no Senado Federal, uma diz respeito às eleições de 2012 em
Campina Grande.
A possível candidatura de Diogo Cunha Lima ganha força com Cássio no Senado?
Claro que ganha. E, curiosamente, na mesma intensidade que ganharia se Cássio ficasse fora do Senado.
O que muda apenas é a natureza da força.
Com o ex-governador sem mandado no Senado, a candidatura de Diogo
passaria a ser uma necessidade da família e do grupo, aperfeiçoada com a
defesa espontânea de um nome Cunha Lima pra disputa e reforçada pelo
sentimento de “recompensa” do eleitor campinense pela via crucis
percorrida por Cássio.
No mandato, Cássio já não mais inspiraria mais a compaixão. Mas sim
a força política e eleitoral do grupo que lidera. Teria o privilégio
de, além do mandato no Senado, poder fermentar a candidatura do filho a
prefeito de Campina Grande, refazendo um cenário que foi da família
Cunha Lima há algumas décadas.
Claro que, com mandato no Senado, Cássio já pode discutir o assunto
com os demais aliados respeitando os desejos alheios. Como, por
exemplo, as intenções de Romero Rodrigues, que está na fila há tempos.
Mas quem barrará a pressão dos eleitores cassistas?
Em Campina Grande, já são vistos adesivos de Diogo Cunha Lima e de mais nenhum outro candidato do grupo.
O jovem está assim, como se fosse uma tradição milenar, condenado a disputar a prefeitura de Campina Grande.
Luís Tôrres
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