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Strauss-Kahn deixa presídio

Dominique Strauss-Kahn deixa o tribunal em Manhattan nesta quinta-feira (19) (Foto: AP)

Porta-voz de prisão disse que ele está agora com companhia de segurança. Mídia local diz que ex-diretor do FMI teve problemas com aluguel em NY.


O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, indiciado por crimes sexuais, deixou nesta sexta-feira (20) a prisão de Rikers Island após ser libertado sob fiança por ordem de um juiz, informou um porta-voz penitenciário.

Strauss-Kahn "deixou a nossa custódia e (a prisão de) Rikers Island e está em mãos da companhia de segurança" encarregada de controlar sua prisão domiciliar, afirmou Stephen Morello, encarregado da prisão nova-iorquina.

Segundo promotores, o ex-diretor do FMI vai ser temporariamente alojado em um prédio em uma pequena rua no sul de Manhattan. O local possui uma rede de câmeras privadas e da polícia. Os familiares e advogados dele devem seguir procurando um local mais permanente para que Strauss-Kahn aguarde pelo julgamento.

Um juiz de Nova York ordenou pouco antes a libertação sob fiança do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), que permanecerá sob prisão domiciliar em um apartamento de Manhattan após ser formalmente indiciado por tentativa de estupro e agressão sexual contra a funcionária de um hotel.

Strauss-Kahn "vai morar temporariamente no sul de Manhattan, perto do 'Marco Zero'", área onde ficavam as torres-gêmeas do World Trade Center, destruídas no atentado de 11 de setembro de 2001, informou o juiz Michael Obus.

Obus aceitou a fiança de um milhão de dólares e uma garantia no valor de outros U$ 5 milhões aportada pela defesa, duas condições estritas, impostas esta quinta-feira ao socialista francês de 62 anos para permitir sua saída da prisão enquanto é julgado.

Dominique Strauss-Kahn deixa o tribunal em Manhattan nesta quinta-feira (19) (Foto: AP)Dominique Strauss-Kahn deixa o tribunal em Manhattan, em imagem de quinta-feira (19) (Foto: AP)
Dificuldades no aluguelOs proprietários do edifício nova-iorquino Bristol Plaza se recusaram a alugar um apartamento para que Dominique Strauss-Kahn cumpra prisão domiciliar até o início de seu julgamento, informou nesta sexta a imprensa local.


Anne Sinclair, esposa do político e economista acusado de abuso sexual e tentativa estupro em Nova York, havia escolhido o edifício de apartamentos localizado na rua 65 de Manhattan, mas seus proprietários rejeitaram a proposta quando descobriram que Strauss-Kahn ficaria lá, disseram fontes anônimas citadas pelo jornal "New York Post".

Aparentemente, alguém "de alto nível" do edifício se opôs à presença do ex-diretor do FMI, que pode ser condenado a penas de 3 a 25 anos de prisão. O aluguel do apartamento custa aproximadamente US$ 14 mil, segundo a publicação.

Já a rede de televisão americano "NBC" informou que Sinclair, uma jornalista franco-americana, está "tendo dificuldades para encontrar um apartamento em Nova York que possa ser utilizado para a prisão domiciliar de seu marido" enquanto ele permanece em liberdade sob uma fiança de US$ 1 milhão.

A emissora, que cita fontes anônimas próximas à família de DSK, como é conhecido o ex-diretor do FMI pelas iniciais de seu nome, também assegura que a jornalista havia alugado um apartamento nesse luxuoso edifício, mas que suas tentativas "para alojar seu marido nele fracassaram".
(*) Com informações da AFP e da Efe.

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