Hoare trabalhou nos jornais de Murdoch, entre eles o News of the World
O jornalista Sean Hoare, primeiro a denunciar o escândalo dos ‘grampos’ que levou ao fechamento o jornal centenário News of The World, na Inglaterra, foi encontrado morto nesta segunda-feira, nesta capital. Ex-repórter de entretenimento do tabloide britânico News of the World,
Hoare foi o primeiro jornalista a denunciar o ex-assessor de imprensa
do primeiro-ministro britânico, Andy Coulson, que dirigiu o tabloide
entre 2000 e janeiro de 2003 e estaria envolvido nas escutas ilegais.
Segundo noticiou o diário britânico The Guardian, Hoare foi encontrado em sua casa na cidade de Watford, a 32 km de Londres. Ele trabalhou nos jornais Sun e News of the World
com Coulson, antes de ser demitido por problemas com álcool e drogas. A
polícia local não confirmou a identidade do corpo, mas emitiu um
comunicado dizendo que na manhã desta segunda, às 10h40 no horário local
(6h40, em Brasília), os agentes receberam um chamado de vizinhos
preocupados com o bem-estar de um morador.
Ao
chegar ao endereço de Hoare, o corpo de um homem foi encontrado e este
declarado morto na cena do crime, de acordo com o comunicado da
polícia.
“A
morte está sendo tratada como inexplicável, mas não significa que seja
suspeita. Investigações da polícia sobre o incidente estão em
andamento” afirma o comunicado.
Atividades ilegais
O jornalista denunciou ao jornal norte-americano The New York Times os casos de grampos de telefones dentro do News of the World.
Ele disse que não só Coulson fez escutas, mas que ele encorajou
ativamente seus funcionários a interceptar telefonemas de celebridades
em busca de reportagens exclusivas. Em setembro do ano passado, Sean
Hoare foi entrevistado pela polícia sobre suas afirmações de que o
ex-chefe de comunicações do tabloide lhe pediu para invadir celulares
quando foi editor do jornal.
Hoare voltou aos holofotes na semana passada, depois que ele disse ao NY Times que a repórteres no News of the World
foram capazes de usar a tecnologia da polícia para localizar pessoas,
em troca de propina. As implicações políticas do escândalo dos grampos
do tabloide News of the World continuam a crescer, após a renúncia, neste domingo, do chefe da polícia metropolitana de Londres, Paul Stephenson.
Alto
funcionário da Scotland Yard, John Yates, que negou a reabertura da
investigação sobre o escândalo das escutas telefônicas em 2009,
demitiu-se também nesta segunda-feira. O primeiro-ministro britânico,
David Cameron, teve que encurtar sua viagem à África por conta do
escândalo.
Fechamento
A News International encerrou, na semana passada, a história centenária do News of the World depois do agravamento de escândalo das escutas. Funcionários do jornal foram acusados de interceptara última década as ligações de até 4 mil pessoas, incluindo políticos, famosos e até uma menor assassinada e familiares de vítimas de atentados.
A News International encerrou, na semana passada, a história centenária do News of the World depois do agravamento de escândalo das escutas. Funcionários do jornal foram acusados de interceptara última década as ligações de até 4 mil pessoas, incluindo políticos, famosos e até uma menor assassinada e familiares de vítimas de atentados.
Os
negócios do grupo englobam produtos para TV, cinema, jornais e
publicidade. Entre suas mídias de maior destaque estão jornais
britânicos The Sun e The Times, o norte-americano Wall Street Journal e a rede de TV norte-americana Fox. Além do tabloide News of the World, também foi envolvido no escândalo dos grampos o jornal britânico The Sunday Times, acusado de tentar espionar o ex-primeiro-ministro Gordon Brown. Os diretores da publicação negam.
No Correio do Brasil
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