As primeiras lavouras que surgem
demarcam o inicio de um ano de chuva ou seca, com as constantes mudanças
climáticas influenciando nos planteis de todas as regiões do país os
agricultores ficam sem saber de fato o que vão colher, ganhos ou perdas.
Visitando algumas lavouras que
foram plantadas ainda no começo do ano, podemos perceber o avanço no
crescimento de legumes e hortaliças que apresentam um alto gral de evolução.
Os agricultores apostam que este
ano será de grande safra para todos, e já fazem os preparos para as colheitas
em algumas messes. O importante a se ressaltar é que esses culturas, do plantio
a colheita duram em media seis meses por serem culturas temporárias.
Estas plantações são contabilizadas no Ativo Circulante, na conta "Cultura em Formação" e sub-conta com o nome específico da cultura.
Todos os custos como sementes, fertilizantes, mudas, inseticidas, depreciação de tratores, mão-de-obra, mudas, demarcações, serviços profissionais e demais gastos com a cultura serão fundamentais para a integridade financeira e de estado das lavouras.
Riachão, apesar do nome, sofre
com a escassez de água. É uma das três cidades do Brasil que mais serão
prejudicadas pelo aquecimento global, segundo o estudo “Mudanças climáticas,
migrações e saúde: cenários para o Nordeste brasileiro – 2000 – 2050”, do
Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, MG) e Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz). A cidade é vítima do que diz o estudo: chuvas intensas
de uma vez só, que prejudicam a plantação, e escassez nos meses seguintes, que
mata o que que restou.
“Mudanças climáticas, migrações e
saúde” reúne entre seus colaboradores uma dezena dos principais especialistas
nos efeitos do aquecimento, como os doutores Alisson Barbieri e Ulisses
Confalonieri, conselheiros do Brasil do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). As previsões que faz são
assustadoras – se confirmadas, sem que nada seja feito para evitá-las, podem
aumentar o fosso existente entre a região e o Brasil.
O pesquisador do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e meteorologista Carlos Nobre aponta os
dois cenários para o Nordeste, com o aquecimento: no primeiro, que seria o
“cenário pessimista”, a região ficará 2° a 4°C mais quente, além de as chuvas
sofrerem uma redução de 15% a 20%; no segundo, o “otimista”, a temperatura será
elevada de 1° a 3°C. Nos últimos 40 anos a temperatura no mundo aumentou 0,4°C.
A previsão do IPCC é que, numa projeção otimista, o aumento médio da
temperatura mundial seria de 1,8°C até o ano 2.100.
Folha de Riachão
Felipe Bernardo
Foto: Felipe Bernardo
Dados: Fundação Oswaldo Cruz,
IPCC, IPEA
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