O
Governo Estadual garantiu, nesta sexta-feira (4), que o pagamento das
gratificações dos servidores deve voltar em março. Os valores ainda
estão em estudo e serão definidos caso a caso, tendo como critério o
merecimento do servidor pelo trabalho desempenhado. A informação é da
Secretaria de Comunicação (Secom) do Estado. Para tentar equilibrar as
finanças do Estado, o Governo estabeleceu um teto para as Gratificações
por Atividades Especiais (GAE), promovendo uma redução de 7% nas
despesas da folha do mês de janeiro, o que gerou uma economia de R$ 25
milhões.
Esta semana, o secretário de Administração, Gilberto
Carneiro, justificou a medida, lembrando que a Paraíba vive um momento
muito difícil e que o sacrifício era resultante do próprio desequilíbrio
das finanças do Estado. O corte das gratificações, no entanto, gerou
insatisfação entre os servidores. Ontem, segundo dia de pagamento do
funcionalismo estadual, muitos servidores se surpreenderam ao retirar os
extratos bancários e constatar a redução na remuneração e, em alguns
casos, a suspensão dos salários. Segundo entidades representativas dos
servidores, há profissionais que tiveram a remuneração reduzida em mais
de 50%.
Para o presidente da Associação dos Professores de
Licenciatura Plena da Paraíba (APLP), Francisco Fernandes, ontem foi um
dia de tragédia para a categoria. “Os prestadores de serviço, que estão
passando por um recadastramento, e os pro tempore simplesmente não
receberam o salário de janeiro”, afirmou. No caso dos professores
efetivos, Fernandes disse que houve suspensão do pagamento de um terço
das férias de janeiro e da progressão horizontal – gratificação prevista
no Plano de Cargos e Carreiras da categoria, que aumenta o salário do
servidor em 5%, a cada cinco anos.
No caso dos servidores da
saúde, as maiores reclamações se referiam ao pagamento da gratificação
por produtividade. Enquanto verificava seu extrato bancário, na agência
do Banco do Brasil da Praça 1.817, a servidora Jaira Lucena, da Central
de Transplantes, disse que neste órgão o pagamento ocorreu normalmente,
mas confirmou que colegas do Hospital de Trauma tiveram perdas no valor
referente à produtividade. “Uma amiga, que é enfermeira de lá, contou
que a produtividade veio com 10% a menos”, revelou. Segundo ela, os
enfermeiros recebem, em média, R$ 900 de produtividade, o que significou
uma perda da ordem de R$ 90.
Bloqueio para regularização
Procurada
pela reportagem, a assessoria de imprensa da superintendência do Banco
do Brasil informou que “os bloqueios que possam ter acontecido foram
feitos a pedido da Secretaria de Administração para regularização de
situação cadastral com o Estado”. Além disso, a assessoria assegurou que
este tipo de procedimento é normal e que não houve qualquer relação com
os descontos de empréstimos consignados. “É um procedimento de rotina,
que já vinha acontecendo em pagamentos anteriores”, destacou a
assessoria de imprensa.
Do Jornal CORREIO
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