Observando
o desastre no Japão, depois do tsunami que matou até agora mais 11 mil
pessoas enquanto mais de 17 mil estão desaparecidas, precisamos fazer
uma reflexão enorme sobre usina nuclear, principalmente as brasileiras
(duas) instaladas em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro e uma
terceira em construção. Não primamos pelo alarme e muito menos pelo
pessimismo, apenas por cuidados em favor do nosso povo.
A
história da energia nuclear brasileira tem início em 1950, com a
fundação do Conselho Nacional de Pesquisa pelo Almirante Álvaro Alberto.
Em 1953, o Brasil importou da Alemanha, duas ultra centrifugadoras para
o enriquecimento do urânio. Em 1969, em pleno regime militar, iniciado
em 31 de março de 1964, o governo sinaliza a Furnas Centrais Elétricas
SA, para a criação da primeira usina termonuclear, para domínio do ciclo
do combustível nuclear, conhecido até então por poucos países do mundo.
O Programa Nuclear Paralelo, no nosso país, foi mantido em sigilo por
vários anos.
Furnas
foi autorizada pelo governo, a dar início à construção da segunda usina
nuclear, em junho de 1974, quando a primeira usina Angra 1 estava com
obras em pleno vapor. Em 1975, quando o governo falava em escassez de
energia elétrica, foi assinado o acordo de cooperação nuclear na cidade
de Bonn, na Alemanha, pelo qual o Brasil compraria mais oito usinas
nucleares, com tecnologia seria desenvolvida para a produção de energia.
Funcionam
hoje plenamente, as Usinas Angra 1 (desde 1982) e Angra 2. Poderá ser
inaugurada Angra 3, até porque todo o equipamento necessário à sua
construção já está devidamente estocado na área de sua edificação.
Agora,
é importante sabermos se o país está preparado para conviver com um
acidente nuclear e se tem como retirar com rapidez e segurança, todos os
que residem na área.
O
Japão encontra sérias dificuldades para controle da situação e o seu
povo, mesmo diante do sofrimento, permanece educado, ordeiro e ciente de
que é preciso organização para sair das dificuldades em que se
encontra. Estaríamos preparados se tivesse sido conosco?
Fonte: WWW.nuctec.com.br
0 comentários:
Postar um comentário