De acordo com a denúncia, a mãe de Olivânio, que não teve o nome revelado, recebeu o pagamento por alguns meses no ano de 2005. Na época, ela era beneficiada e Olivânio, vereador. Joseilton de Lima lembrou que o Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. A depender da renda familiar por pessoa (limitada a R$ 140,00), do número e da idade dos filhos, o valor do benefício recebido pela família pode variar entre R$ 32,00 a R$ 242,00.
Em 2011, o salário de um vereador na cidade de Picuí era de R$ 3 mil. Na época, o valor era muito inferior, mas bem maior do que o permitido por lei. “Na época, ele morava com a mãe e a renda per capita da família era bem maior que a permitida para receber o programa. Ele deve explicações à população”, disse Itinho, como é mais conhecido o vereador tucano.
Outro lado
Olivânio Dantas disse que, antes de ser vereador, a sua mãe era beneficiária do Bolsa Família, porque tinha poucos recursos financeiros, vivendo da agricultura familiar. “Quando assumi em 2005, pedi para que ela se desligasse. Ela foi até a Prefeitura de Picuí e fez o pedido, mas o pessoal não fez o comunicado ao governo federal para ficar usando o fato politicamente. Depois minha mãe se recusou a receber os recursos, em torno de R$ 50,00 por mês”, esclareceu.
Para o petista, o vereador Joseilton de Lima “requentou” o caso para mudar o foco do debate político na Câmara Municipal, que é a cassação do prefeito Buba Germano (PSDB) pelo TRE. Ele revelou que, na última sessão, enquanto os vereadores discutiam a cassação de Buba e votavam matérias, vândalos detonaram uma bomba em frente à Câmara Municipal, causando pânicoàs pessoas presentes no espaço.
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