Companhia está reunida com os sindicatos em greve.
Greve afeta 2,45 milhões de pessoas na Grande São Paulo
"Estamos reunidos com os quatro sindicatos para fazer com que eles cumpram o que foi determinado pela Justiça do Trabalho que é disponibilizar 90% do sistema e que eles tenham um pouco de bom senso e vejam o prejuízo que está sendo trazido para a população do estado de São Paulo”. Na terça-feira (30), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os funcionários da CPTM mantenham 90% da frota em operação no horário de pico.
Após a reunião, uma assembleia entre os ferroviários, ainda nesta quinta, deverá definir a aceitação das propostas feitas pelo governo estadual.
Segundo Bandeira, 2,45 milhões de pessoas utilizam as seis linhas da CPTM diariamente. Ele afirmou que não foi possível acionar o Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese), que redireciona algumas linhas de ônibus para o itinerário dos trechos do sistema afetados pela paralisação, por que o Paese só consegue atender pequenos trechos.
Em assembleia nesta quarta-feira (1º), o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, responsável pelos funcionários das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa decidiu cruzar os braços a partir da 0h desta quinta, ampliando a greve da categoria iniciada nesta quarta. O sindicato aguardava uma nova proposta de reajuste por parte da empresa, o que acabou não acontecendo. Na terça-feira (31), outros dois sindicatos de funcionários da CPTM já haviam decidido entrar em greve. Ao longo desta quarta-feira, a paralisação afetou principalmente passageiros da Zona Leste de São Paulo.
O laminador Valdeci Carvalho Caldeiras, de 54 anos, que trabalha na Estação Socorro, na Zona Sul da capital paulista, decidiu que não irá ao trabalho caso os trens não voltem a circular. “Tem alternativa para ir ao trabalho, mas eu chegaria muito tarde. E na volta? Complicaria muito mais. Vou esperar mais um pouquinho e vou voltar para casa”, afirmou.
A estudante de hotelaria Renata Tavares, de 18 anos, que estuda na Vila Olímpia, na Zona Sul, resolveu vir até a estação na esperança de embarcar nesta manhã. “Ontem [quarta-feira] deu para embarcar. Hoje, se eu conseguisse pegar pelo menos a segunda aula, eu já estaria contente, mas está difícil. Para ir até lá de ônibus, eu teria que pegar vários. Não compensa. Acho que não compensa nem ficar aqui esperando”, disse a estudante.
Greve no ABC
No ABC, motoristas e cobradores de ônibus de empresas particulares decidiram manter a greve iniciada na quarta-feira. A paralisação afeta o transporte municipal e intermunicipal em Santo André, São Bernardo do Campo, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires nesta quinta-feira.
Os trabalhadores querem 15% de aumento nos salários, mas as companhias oferecem 8%. O sindicato que representa os funcionários afirma que as empresas não apresentaram nova proposta.
Uma audiência de concialiação será realiza nesta quinta-feira no TRT.
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