Banana,
inhame, macaxeira, jerimum, feijão verde, sapota e bata-doce foram
trazidos para o plenário da Assembléia Legislativa, por trabalhadores
dos assentamentos da reforma agrária da grande Mucatu, que ficam nos
municípios de Alhandra, Conde e Pitimbu, que lotaram as galerias.
Eles
participaram da sessão especial realizada na Assembléia Legislativa
para discutir as consequências da implantação de fábricas de cimento na
área. A primeira fábrica está anunciada para Alhandra, dentro de um
assentamento. A propositura foi do mandato do deputado estadual Frei
Anastácio (PT).
Além
do deputado Frei Anastácio e dos trabalhadores, estavam presentes os
deputados Hervásio Bezerra, Assis Quintans, representantes da Prefeitura
de Alhandra, um diretor da cerâmica Elizabeth que está com o projeto da
fábrica de cimento, o superintendente do INCRA-PB, Lenildo Morais, o
assessor da Fetag, Ivanildo Pereira Dantas, irmã Tânia Maria –
coordenadora da Comissão Pastoral da Terra e o vereador de Alhandra,
Valfredo José(PT).
Depois
das discussões ficou decidido na sessão, como encaminhamento, enviar
ofício, em nome do Poder Legislativo, alertando os órgãos competentes
sobre os possíveis impactos ambientais e de saúde que a instalação desse
tipo de fábrica causará no meio ambiente e na população. Os ofícios
serão entregues a Sudema, IBAMA, Ministérios Públicos Federal e
estadual, Ministério do Desenvolvimento Agrário e INCRA.
Segundo
o deputado Frei Anastácio, aos ofícios, serão anexados, fotos, vídeos,
apanhados taquigráficos da Sessão para que os órgãos tomem conhecimento
dos debates sobre a área envolvida e mostrando que as famílias de
trabalhadores não aceitam a instalação de fábricas dentro dos
assentamentos”, informou Frei Anastácio.
Segundo
Frei Anastácio, na área para onde a fábrica está sendo anunciada vivem e
trabalham 1.500 famílias que tiram o seu sustento e comercializam a
produção. “No entanto, estas famílias encontram-se ameaçadas de perderem
a área de plantação para a instalação de uma fábrica de cimento. Ou
seja, o Poder Municipal está destinando aquela propriedade de
assentamento da reforma agrária para uma empresa privada explorar o solo
para a produção de cimento”, disse Frei Anastácio.
“É
bom lembrar que existe projeto de implantação de outras fabricas de
cimento nos assentamentos do litoral sul”, disse o deputado, destacando
que é importante ressaltar que não é contra a instalação de equipamentos
que gerem empregos e desenvolvimento. Ele argumenta que defende a
implantação das fábricas em outra área.
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